Diálogos Reflexivos

Este blog é um registro de diálogos reflexivos acerca da Docência Online, mediados pela professora e pesquisadora em processo de Doutoramento, Maria da Conceição Alves Ferreira. São construções para possível desenvolvimento (abrindo o leque da diversidade das experiências vividas pelo grupo em EaD) de propostas alternativas validadas como futuras ações. Além, é claro, de breves reflexões sobre a aprendizagem colaborativa, dialogando, co-criando, colaborando e com(partilhando)...

Hélio Oiticica, um dos mais importantes artistas brasileiros e o Parangolé

Um incêndio destruiu quase todo o acervo do artista plástico Hélio Oiticica (1937-1980). Estre suas obras mais importantes a "Tropicália", que inspirou e deu nome ao movimento cultural brasileiro que revolucionou a música, o cinema, o design, a moda e as artes do país nos anos 70 e os "Penetráveis", criados para serem vivenciados (ou penetrados) pelo espectador. Este fato fez com que eu retomasse a história do artista plástico e, inevitavelmente, lembrasse que a obra "Parangolé" inspirou Marco Silva e, a partir dele, aconteceram mudanças importantes na Educação. 
Saiba mais sobre Hélio Oiticica em: Folha Online
Parangolé
'Em 1964, o artista aproximou-se da cultura popular e passou a frequentar a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, tornando-se passista e integrando-se na comunidade do morro. Vem dessa época o uso da palavra "parangolé" que passou a designar as obras que estava trabalhando naquele momento. Os primeiros parangolés se compunham de tenda, estandarte e bandeira e P4, a primeira capa para ser usada sobre o corpo. São obras que causaram polêmicas e ele definia como "antiarte por excelência"' e que inspiraram Marco Silva em Pedagogia do parangolé - novo paradigma em educação presencial e online. 

Para SILVA, o parangolé rompe com o modelo comunicacional baseado na transmissão. Ele é pura proposição à participação ativa do "espectador" - termo que se torna inadequado, obsoleto. Trata-se de participação sensório-corporal e semântica e não de participação mecânica. Oiticica quer a intervenção física na obra de arte e não apenas contemplação imaginal separada da proposição. O fruidor da arte é solicitado à "completação" dos significados propostos no parangolé. E as proposições são abertas, o que significa convite à co-criação da obra. O indivíduo veste o parangolé que pode ser uma capa feita com camadas de panos coloridos que se revelam à medida que ele se movimenta correndo ou dançando.
Veja depoimento do professor Marco Silva, da UERJ, sobre o conceito de arte Parangolé.

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Por Consinha...

"... experienciar possibilidades de pesquisa em colaboração por meios interativos digitais".